A gente deve essa pro Doutor Sócrates, a quem chamavam de pinguço. A gente deve essa pro Ronaldo, que todo mundo chamava de gordo. Por cada trocado juntado na Quadra ou no bar para pagar caravana, fora o lanche de pernil. Por aguentar a soberba dos rivais, campeões mundiais do sofá e do ar condicionado. Por ser chamado de ladrão, de marginal e favelado. Por tomar borrachada, ser oprimido pelos cavalos da corporação. Por ver nosso time jogar feio, enquanto os outros rebolavam na frente das camêras. A gente deva essa pro Zé Maria, que jogou com a camisa ensanguentada. A gente deve essa pro Júlio César e seu dedo quebrado. Pro Carlitos que veio do Boca Juniors e reverenciou a Fiel em seu primeiro gol. A gente deve essa pros pais e tiozinhos que tem sues 60, 70, 80 anos e sai na rua com seu peito Alvinegro coberto pelo manto sagrado. A gente deve essa pelos 23 anos que não vivemos, mas dos qusi nos orgulhamos. A gente deve essa pra cada remanescente da derrota pro Tolima e que hoje tá de pé, firmão. Por aquele domingo de 2007 em que metade do país festejou com fúria alucinada a nossa queda. pro Luizinho que sentava em cima da bola. Pro Marcelinho que chutava o pau da bandeira. Pro neto que bordou a primeira estrela e pro Dida que guardou o time do Vasco em suas luvas. A gente deve isso pra gente, pois nossa história é tão bonita e nos motiva a pertencer ao povo, de comer o arroz e feijão Alvinegro e trabalhar de manhã cedo na ressaca brava dessa correria sem fim. Pelo nosso amor e por mais nada é que a gente tem que gritar hoje, alto, junto, por esse país afora. A gente deve isso é pra gente mesmo: a nossa paixão incondicional pelo Corinthians, que faz cada dia desse de luta, de sofrimento, ser um orgulho e uma honra para cada louco do bando.
CORINTHIANS MINHA VIDA! CORINTHIANS MINHA HISTÓRIA! CORINTHIANS MEU AMOR!
Texto de Flávio - Fiel Belo Horizonte
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