Inflação no Futebol Brasileiro

Ela voltou, a temida inflação retornou ao mercado do futebol brasileiro e tem sido fator determinamente para contratação, renovação ou venda de jogadores aqui no Brasil.

A inflação no futebol, assim como na economia (de alguns anos para cá, bem menos) tem vivido alguns momentos ciclicos. Nos meados da década de 1990, muitas empresas estrangeiras investiram no futebol brasileiro, fazendo com que vários times montassem grandes elencos, com jogadores de alto nível.

O Corinthians não foi diferente, em um curto período de tempo teve duas parcerias grandes, uma com o Banco Excel e a outra com a empresa Hick Muse. Essas empresas trouxeram muitos jogadores renomados para o Timão, e o consequentemente as outras empresas fizeram o mesmo para as equipes a qual patrocinavam.

O futebol nacional viveu então um período inflacionário, os salários chegavam a enormes montantes e a contratação de jogadores estava supervalorizada, devido aos clubes terem mais dinheiro para contratar. Todavia, quando esses empresas saíram, levaram muitos jogadores (os quais eram os investimentos das empresas) e deixaram rombos gigantescos nos cofres dos clubes.

Após um período de calmaria, eis que no final de 2008, o Corinthians anuncia a contratação do atacante Ronaldo Fenômeno, a maior da história do futebol brasileiro. Entretanto para ter Ronaldo, o Timão abriu a mão e pagava quantias na casa de 1 milhão e 800 mil reais mensais de sálario para ele. Mas não bastava ter apenas um jogador de grande porte no elenco, o time se reforçou com outros craques renomados e de alto custo e consequentemente os jogadores que já estavam no elenco sofreram uma valorização.

Inspirados pelo sucesso da equipe alvinegra, outros times também começaram a se reforçar com jogadores consagrados e grandes craques. Com isso o futebol está vivendo um novo perído de inflação, onde jogadores exigem salários astronômicos, muitos desses sem ter futebol para merecer, os clubes por sua vez pedem quantias exorbitantes para negociar algum atleta e assim por diante.

Só espero que quando esse pico passar, os clubes não declinem mais uma vez rumo ao vale, trazendo consigo grandes dívidas, que vão perdurar por muitos anos.